Por Luiz Carlos Azenha
Um amigo meu, muito bem informado sobre os bastidores da política paulista, me diz que uma seção do PT paulista está movendo guerra contra um seção do PT brasiliense, se isso de fato existir. É a explicação para duas “reportagens” aparentemente inexplicáveis da mídia.
No Brasil é assim: a mídia mergulha de cabeça nas guerras políticas com o objetivo de beneficiar um dos lados. E se “esquece” de informar ao público, o que deveria ser seu primeiro objetivo.
O problema é que se a mídia fizesse o papel que se espera dela, nesse caso seria flagrada apoiando um dos lados de uma guerra de bastidores — e a mídia, como sabemos, é “isenta” e “imparcial”.
Temos, assim, que um dos grupos envolvidos na guerra política procurou a revista Veja com informações para detonar o outro grupo.
Isso mesmo, vocês ouviram bem: um dos grupos ligados ao PT foi à Veja vazar informações.
A Veja, obviamente, mergulhada até o pescoço na campanha de José Serra, usou as informações.
E o próprio candidato do PSDB veio a público, hoje, para tocar no assunto.
Essa tabelinha Serra-mídia é manjada e não ganha um voto sequer, nem em Higienópolis, nem em Brás de Pina.
Levou de volta uma resposta do presidente do PT.
Sim, tudo soa muito complicado, mas repito: um grupo do PT, querendo detonar outro grupo do PT, vazou informações à revista Veja, beneficiando assim o candidato da oposição que quer derrotar o PT.
É por isso que eu acredito que o Ciro Gomes tinha razão: a presença dele na campanha eleitoral seria importante para permitir aos eleitores escapar da dicotomia PT-PSDB.
Na ausência disso, talvez seja o caso de concluir, como concluiu meu amigo conhecedor dos bastidores: o PT paulista não faz falta.
PS: O tal “dossiê” estava no pen drive de um ex-repórter da revista IstoÉ. Não contém nada que a gente desconheça e diz respeito à sociedade entre a filha de Serra e Veronica Dantas, a irmã do banqueiro Daniel Dantas, que está amplamente documentada.
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