Dia Internacional da Prostituta.
Preparem os fogos, serpentinas, bexigas e camisinhas, porque hoje é um dia mais que especial. Hoje é o dia daquela que é biblicamente a profissional mais antiga da história: a prostituta. Mas ao contrário do que você possa estar pensando, essa não é uma celebração qualquer, mas sim um dia de festejo global reconhecido até mesmo pela ONU (Organização das Nações Unidas), o merecido Dia Internacional da Prostituta, aquela profissional meiga, singela que até Jesus parou para ajudar (se bem que ele ajudava todo mundo).
Agora se você se pergunta de onde vem ou quem é essa mulher que até mesmo o filho do homem sentiu obrigação de resguardar, eu lhe explico. Essa mulher é aquela que vem e vive no mundo, transitando em uma realidade que ao mesmo tempo é branda e foda, triste e gozada. Ela é aquela que transforma meninos em homens e faz o que nossas mulheres e namoradas algumas vezes covardes e inexperientes não ousam sequer pensar fazer. A prostituta não é uma profissional, e sim uma salvadora da pátria, uma peça do “exército da salvação sexual” que não precisa dizer que seu trabalho pornográfico e polêmico se baseia em um “nu artístico”, ou que suas posições depravadas são na verdade o trabalho de “modelo”.
Ela faz parte de um grupo de mulheres que no dia 2 de junho de 1975, tiveram coragem de ocupar uma igreja Francesa em Lyon, protestando contra multas, prisões e assassinatos de colegas de profissão que sequer eram investigados. Tudo isso para formar um ato que fazia parte da chamada “guerra contra o rufianismo” que processava maridos e filhos de prostitutas por se beneficiarem dos redimentos de suas esposas e mães. E foi com atitudes assim que elas resistiram e resistem até hoje, em um mundo de prazer e luxúria, seja pela “putique Daspu”, pela primeira e única publicação voltada somente as prostitutas, o jornal Beijo do Brasil, ou pela identidade incontestável que dão a nossa cidade. Afinal o que seria de partes do Anhangabaú e Santana ou ainda as regiões centrais de cidades como São Paulo sem elas que são, comentadas, amadas, odiadas, invejadas mas sempre presentes. Algumas vezes boas e outras vezes velhas prostitutas, as “primas” que não é pecado cobiçar.
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Beijo das Ruas - Jornal das prostitutas que ganhou uma edição online em 2004.
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