quinta-feira, 3 de junho de 2010

QUEDA LIVRE.

Há duas semanas, após um empate (3×3 com o peixe) e duas vitórias convincentes (2×1 contra os bambis e 3×0 com o segundo time da bela e linda Goiânia), o Botafogo era o melhor time do Rio na classificação do campeonato brasileiro. Chegamos a comemorar um sábado à noite, dormindo na liderança. Isso tudo foi (ou está indo) por água abaixo, após três malogros meio inexplicáveis.
Primeiro, a derrota ante o Cruzeiro, quando o time perdeu um penalty (Lúcio Flávio teve medo de bater e o técnico teve medo de mandá-lo cobrar) e Alessandro perdeu um gol nos últimos minutos que até minha avó faria.
Segundo, um empate com jeito de derrota, ante um vaskim alquebrado e cheio de problemas. Jogando em casa, o time não conseguiu criar e salvou-se, graças a um gol de penalty (mais uma vez, Lúcio Flávio não cobrou) feito por Herrera.
Terceiro, e pior: ontem à noite, numa partida ante um adversário que vinha de resultados negativos, inclusive uma queda de 4 no domingo, o time enganou a todos – marcou dois a zero e parecia pronto a conseguir 3 pontos, o que lha daria uma cômoda posição no campeonato, antes da parada da Copa do Mundo.
Mas, o quê? levou 3×2 de virada e, mais uma vez, cumpriu o que parece ser uma sina do Botafogo nos últimos anos: ressuscitar cadáveres insepultos. Isso já ocorreu em 2008, em 2009 e vai sucedendo novamente este ano. Quer se reabilitar, jogue contra o Botafogo – parece ser o lema dos adversários!
Joel Santana, sabidamente esperto e um bom técnico, não pode fazer milagres, mas tem sido infeliz nas últimas escalações e, para aumentar a nossa preocupação, parece estar no caminho de Ney Fra(n)co, o homem à beira do caos… Fez um cálculo para virar a janela da Copa com 16 pontos e, agora, se Deus ajudar vamos atingir no máximo 11, isso se conseguirmos ganhar do Corinthians no próximo domingo.
Somente para relembrar: tudo isso está ocorrendo depois daquela briga lamentável entre Herrera e Caio, no jogo ante o Goiás, quando o time já vencia por 3×0. De lá pra cá, foi um desarranjo total e lá vamos nós, de novo, ladeira abaixo.
Três constatações importantes e oportunas:
1 - Ninguém se iluda com o titulo de campeão carioca; é bom, mas vale muito pouco como cacife para o campeonato brasileiro;
2 - A enorme falta que faz o Loco Abreu – o ataque, sem ele, perde talvez a peça mais importante da engrenagem que é a jogada aérea em que ele tem sido decisivo.
3-  E urgente melhorar o elenco, com a volta de Maicosuel, de Jobson ou mais alguém para reforçar o meio de campo e contratar gente que saiba jogar – de jogadores medíocres, o grupo está pleno.
Do jeito que está, os Cajás, Wellingtons, Ednos, Fahels e outros menos votados só vão nos dar mais raiva, tristeza e fazer figa para – novamente – não ficarmos na zona… do rebaixamento.
Resumo da trágica ópera:
Nas três primeiras rodadas, o Botafogo ocupava o segundo lugar na classificação e, de longe,era o mais bem colocado time carioca na competição. Hoje, se o vaskim ganhar do bugre (o que não é difícil, só que eu sou Guarany desde criançinha), estaremos – lamentavelmente – na lanterna entre os 4 do Rio.
E, ainda um último aspecto a  lamentar:
Os nossos jogadores têm sido pródigos em receber cartões – amarelos e vermelhos, inclusive em lances quase infantis e isso, também, é uma prova de falta de comando, todos sabem.
Ainda bem, graças a Deus, o campeonato vai parar na próxima semana e só volta daqui a mês.
Vamos ver se, daqui pra lá, as coisas melhoram para as bandas de General Severiano que, pelo visto, vê seriamente ameaçado de ver a sua gloriosa patente rebaixada para um simples Tenente "raso" Severiano…

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