terça-feira, 3 de agosto de 2010

O MILAGRE DE SÃO JOBSON

Vitória 1 x 3 Botafogo.
No Twitter, os alvinegros protestavam ao longo de quase toda a partida: “Não aguento mais empatar!”.
Eu já temia a derrota em um lance fortuito no final, daqueles que dão raiva em todos nós.
Mas aí, depois de 75 minutos sem NENHUMA finalização ou qualquer outro lance importante e, claro, depois da saída de Lúcio Flávio e de Herrera, que não jogaram por¢¬$@ nenhuma, baixou o santo em Jobson.
Em menos de 20 minutos, fez a jogada do primeiro gol, quando mesmo cercado por três adversários conseguiu rolar para ótima finalização de Edno, marcou o primeiro ao se antecipar e corrigir chute errado de Marcelo Cordeiro e ainda nos brindou com um golaço, parecido com o que fez contra o São Paulo ano passado. Enfim, Jobson nos deu três pontos quando tudo o que se desenhava, pela insistência de Joel com Lúcio Flávio, era um empate ou mesmo uma derrota.
Pois o primeiro tempo foi, seguramente, o pior primeiro tempo do futebol brasileiro no século 21. Ninguém criou nada. Maicosuel não encontrava posicionamento e ainda parecia fora de ritmo de jogo, padecendo também com um gramado pesado e horroroso. E, raras as vezes que a bola chegou no ataque, Herrera foi incapaz de dominá-la. Aliás, a queda do rendimento do argentino é vertiginosa e preocupante.
Lá atrás, a já tradicional avenida Marcelo Cordeiro, por onde o Vitória criou o pouco que tentou. Mas, se os times jogassem até o Natal, terminaria 0 x 0. Porque o Botafogo sentia MUITA falta de um passador de bola, um carregador capaz de municiar o sistema ofensivo – estou falando do Somália, não do Lúcio Flávio, ainda mais escondido em sua nova função.
Aí o Joel entrou com o Caio e o Edno no lugar de Herrera. E o time melhorou, não muito, mas o suficiente para criar as chances tão bem aproveitadas por Jobson.
Melhores em campo: Jobson, claro, seguido por Edno, Jefferson, AntonioCarlos e Leandro Guerreiro (especialmente nos desarmes).
E o melhor de tudo foi a declaração pós-jogo do artilheiro da tarde: “Pena que não deu tempo para fazer o terceiro porque eu queria pedir música no Fantástico”. É esse espírito destemido, irreverente, sem medo de ser feliz, que o Botafogo precisa.
Ah, e a Globo/CBN informou que houve uma discussão séria do Alessandro com o Joel no final da partida, exatamente quando saiu o segundo gol do Jobson. Com direito a gritos na linha “O técnico sou eu!” e xingamentos do lateral para o Natalino. Será que, teremos o primeiro Barradão? E, mais importante, será que o Lúcio Flávio saiu em defesa do companheiro e também brigou com o Joel? Essa é a hora de demonstrar solidariedade aos colegas…
Sobre o discretíssimo rendimento de Sir Michael Swell, nada a se preocupar. Quem jogou lá na Bahia, conforme fez questão de ressaltar o locutor do Zé Mané da TV G, foi o “Maiquesuel”. Ainda bem que o Maicosuel, estreará no próximo sábado, contra o Galo no Engenhão.

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