Depois que se despediu de Su, a mulher caminhou um pouco pela orla. Estava confusa e triste. Os filhos tinham ido a um acampamento na Serra dos Órgãos. Passariam parte das férias lá, com amigos. Sozinha, achou que poderia tramar uma bela vingança. Parou em frente a um estúdio de tatuagem e entrou.
- Olá.
- Oi.
- Quer ver uma pasta?
- Quero.
Ficou quase uma hora admirando desenhos.
- O que é isso?
- É uma fênix.
- Dá para fazer menor?
- Dá.
- Quanto custa?
- R$ 300.
- Quanto tempo leva?
- Duas horas.
- Tem que marcar hora, né?
- Tenho uma tatuadora que pode fazer agora, se quiser.
- Quero.
- Onde vai ser?
- No cóccix.
- É só aguardar.
- É só aguardar.
- Ok.
- Olá.
- Oi.
- Já tem alguma "tattoo"?
- Não.
- Dói um pouco.
- Não tem problema.
- Então vamos lá. (duas horas depois...)
- Prontinho. O curativo você deixa que em uma semana solta sozinho. Até descascar nada de sol e depois bastante protetor solar, ok?
- Ok.
- Se quiser, posso reforçar a cor depois.
- Ok.
- Então, boa sorte!
- Vou precisar mesmo. Até mais. (continua)

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