Apressou-se o presidente do PMDB, Michel Temer, em desfazer especulações a respeito do açodamento com que integrantes do partido lançam-se no futuro governo de Dilma Rousseff. Ele telefonou para dirigentes do PT e chefes da campanha da candidata, dizendo não ser essa a postura do comando do PMDB, que não autoriza tal comportamento e que ninguém, em sua direção, avançou o sinal no rumo da composição do ministério, na suposição da vitória de Dilma.
O problema é saber se o comando comanda, porque de alguns anos para cá o PMDB transformou-se num balcão de negócios. Prevalece, nas votações parlamentares, o “toma lá, dá cá” que levou o partido a dispor de seis ministérios no governo Lula e mais um monte de diretorias de empresas estatais.
Michel Temer, na vice-presidência da República, poderá servir de anteparo às pretensões fisiológicas de seus companheiros, mas como a avenida que conduz o PMDB ao palácio do Jaburu tem duas mãos, quem melhor do que o ainda presidente da Câmara para representar o partido na participação no governo?
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