Por Carlos Chagas
Virou lugar comum na crônica política imaginar que os vice-presidentes estão sempre de olho na cadeira dos presidentes. Ou, pelo menos, costumam ficar alheios ou até em oposição aos titulares. Não é verdade. Da democratização de 1945 aos nossos dias, faíscas saíram apenas entre Café Filho e Getúlio Vargas, Aureliano Chaves e João Figueiredo e Itamar Franco e Fernando Collor.
No mais, Nereu Ramos e Eurico Dutra deram-se muito bem, assim como João Goulart e Juscelino Kubitschek, João Goulart e Jânio Quadros, José Maria Alckmin e Castello Branco, Pedro Aleixo e Costa e Silva, Augusto Rademaker e Garrastazu Médici, Adalberto Pereira dos Santos e Ernesto Geisel, José Sarney e Tancredo Neves, Marco Maciel e Fernando Henrique e, agora, José Alencar e Lula.
O fato de os vice-presidentes não mais presidirem o Senado e nem serem eleitos separadamente ajudou bastante no relacionamento deles com os presidentes. Inexistem motivos para supor que venha a ser diferente no próximo governo.
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