quarta-feira, 9 de junho de 2010

ESTI GINZBURG.

A TOP MODEL DO EXÉRCITO DE ISRAEL.
Esti Ginzburg, estrela da Cia. Marítima na SPFW
Além de modelo, a israelense Esti Ginzburg, 20, também presta serviços militares no Exército de seu país. Ela está no Brasil para desfilar na São Paulo Fashion Week hoje pela Cia. Marítima.
Folha - Li que você é uma atiradora de elite do Exército.
Esti Ginzburg - Sim, atiro muito bem. Sou boa de mira.
Já atirou em alguém?
Não em alguém. Só em alvos de treino e, talvez, na areia.
Amigos seus já morreram em missão?
Não. Mas alguns já ficaram feridos.
O Exército de Israel foi acusado de crimes de guerra pela ONU quando atacou a Faixa de Gaza, em 2008.
É difícil para mim ver a percepção que todo mundo tem de Israel, porque ela é tão errada -mesmo agora, nos barcos (de ajuda humanitária atacados quando tentavam furar o bloqueio israelense a Gaza). É injusto, porque ninguém vê o quadro todo. O Exército não anda por aí atirando em criancinhas. Os soldados desceram de helicóptero (nos barcos) e as pessoas já estavam com facas, tacos, barras de ferro, e começaram a bater. Aí dizem: "Israel entrou em um barco e matou 16 pessoas". Foi autodefesa.
Mas os ativistas não tinham armas de fogo.
Eles começaram a bater já no segundo soldado que desembarcou. Para mim, é muito triste, porque esses soldados são meus amigos. Isso é o que acontece com qualquer pessoa, no Exército americano ou no brasileiro, que desembarca em um lugar e é atacado duramente. Não é um jogo justo.
Em 2008, em Gaza, morreram 1.400 palestinos e 13 israelenses. Foi um jogo justo?
Não é justo. Mas Israel não faz isso só para ser o "cara mau". Eles têm que fazer isso para manter Israel seguro. É inevitável, não há o que fazer. Gaza está dentro de Israel. É um problema.
Como concilia o Exército e a carreira?
Eles são muito compreensivos. Sempre que eu preciso, viajo. Entendem que eu quero manter minha carreira. E eu falo sobre o Exército, sobre como é maravilhoso e porque eu acho que todo mundo deveria se alistar. No final da entrevista, Esti se desculpa: "Eu gostaria de poder te dar respostas melhores, mas somos proibidos de falar sobre assuntos relacionados ao Exército".

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