sexta-feira, 11 de junho de 2010

PARREIRA VOLTOU

PAULO VINICIUS COELHO - Prancheta do PVC.
PARREIRA SE tornará hoje o técnico com maior número de participações em Copas.
Será sua sexta, pela quinta seleção diferente. Nunca venceu um jogo de Mundial sem ser pela seleção brasileira. Sete derrotas e um empate por Kuait (82), Emirados Árabes (90), Arábia Saudita (98). Fracassos à parte, você só precisa ouvir Parreira para entender sua diferença em relação ao técnico do Brasil em 2006.
Aquele era sisudo e caminhava solitário, no frio suíço, enquanto Zagallo se recuperava fisicamente. Sem o velho parceiro por perto, Parreira fracassou.
Curioso que um caderno especial do diário sul-africano "The Star" tenha destacado, nesta semana, Parreira dando lições de como ser um comandante: "Não se pode ter medo de tomar decisões, mesmo que firam interesses de alguns".
Parreira é mesmo um teórico. Mas a diferença entre 2006 e 2010 se revela no tom de voz. Pergunte sobre o que mudou na África do Sul que estreia hoje na Copa e na que jogou a Copa das Confederações em 2009.
Ele responde empolgado e não para de falar: "Com o Joel, o time tinha três Mauros Silvas. Hoje, meu volante tem o estilo de Clodoaldo", diz, referindo-se a Kagisho Dikgacoi, do Fulham, e Khuboni, do Golden Arrows. "O que temos de melhor é o toque de bola, e é isso o que vamos priorizar."
Pienaar é o cérebro, mas preste atenção em Modise e Tshabalala. O rival de hoje? "O México é o rival mais perigoso da chave. Muito rápido e de muita técnica."
Parreira parece tão feliz que voltou a merecer o título de "estudioso", que não colava mais em sua testa.
O México tem em seu elenco quatro campeões mundiais sub-17 de 2005: Vela, Giovani dos Santos, Moreno e Juárez. Joga em um 4-3-3 à base de velocidade. É forte mesmo. Talvez o suficiente para tirar um pouco da paz de Parreira.
OS LÍDERES
Evra, Gallas e Anelka são os três principais líderes da França. Tentam mudar o rumo do fracasso após os últimos amistosos. A prova se mandam ou não é hoje: querem Diaby e Henry titulares.
URUGUAIOS
O último técnico a levar o Uruguai para as oitavas de final foi Oscar Tabárez, hoje no banco. Ele obteve a última vitória celeste em Copas: 1 a 0 sobre a Coreia do Sul (1990)

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