Uma constatação: o segundo tempo da partida desse domingo no Engenhão foi o retrato em branco e preto da campanha do Botafogo no Brasileirão Pré-Copa do Mundo. Surpresa e euforia no início, raiva e frustração no final.
Por que, em condições normais de temperatura e pressão, o empate com o líder do campeonato – mesmo jogando em casa – não seria um resultado desastroso. Muito pior, por exemplo, é perder nos últimos minutos, e de virada!, para o Goiás no Maracanã.
O problema é, de novo!, o gosto amargo do empate. Novamente em um último lance, e pior, numa bola parada. Quantas vezes vimos lances parecidos no Engenhão?
Dessa vez foi uma cabeceada do zagueiro Paulo André (?!) após cobrança de escanteio que, se o Loco Abreu estivesse em campo, espanava para o alto sem precisar piscar os olhos nem mexer o cabelo. Aliás, pela primeira vez, ouso responsabilizar parcialmente o Jefferson, mal colocado no lance.
E justo quando o mais difícil tinha sido obtido… superar as limitações da zaga (perdidinha, perdidinha em seguidos lances do primeiro tempo e do início da segunda etapa) e descolar uma virada graças a uma atuação mais efetiva do “quadrado ofensivo” – Caio, Herrera, Cajá e Lúcio Flávio, reforçados por uma participação atuante do M.Cordeiro, bem à vontade no papel de apoiador, não de marcador.
Tudo bem que o time, quando obteve a vantagem, não teve tarimba para segurar a bola no ataque e os dois garotos que entraram na fogueira – Bruno Otávio e Felipe Lima – discretíssimos, não contribuíram para sustentar o resultado. Mas fica a certeza que, com mais dois jogadores habilidosos no meio ou na frente (Maicosuel e Jobson, por exemplo), daria para ter ganho o jogo do líder sem grandes dificuldades.
A partida desse domingo e a posição na tabela incomodam sobremaneira, porque sabemos que poderia ter sido melhor nesse período antes da Copa do Mundo. Mas a verdade é que espelham à perfeição o Botafogo do momento.
Pode não correr (grande) risco de rebaixamento, mas ficará sempre numa posição intermediária por não saber matar os jogos – Atlético-PR em Curitiba, Corinthians em casa – quando as chances aparecem. Seriam 5 pontos a mais em uma semana…
Bola pra frente.
Agora é aguardar os reforços. E não podem ser apenas dois.
Tem que ter mais gente pra chegar.
E sexta que vem tem Loco Abreu em campo contra a França!
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