sábado, 19 de junho de 2010

INVOLUÇÃO AFRICANA

TOSTÃO
As seleções africanas são disciplinadas, defensivas e fortes, porém pouco talentosas.
NO GRUPO A, Uruguai e México estão quase classificados. No B, além da Argentina, Coreia do Sul, Nigéria e Grécia disputam a segunda vaga.
As chaves C e D estão emboladas. A Alemanha, que tinha feito uma ótima partida contra a Austrália, perdeu para a Sérvia. Deu tudo errado para os alemães. Começaram mal o jogo, tiveram um jogador expulso e ainda perderam um pênalti.
O imponderável, no caso os árbitros, continua interferindo nos resultados das partidas. Os jogadores da Nigéria e da Alemanha não mereciam ser expulsos. Anularam um gol legítimo dos Estados Unidos contra a Eslovênia no final da partida.
Meu palpite, antes do Mundial, de que várias seleções africanas, por jogarem no continente, se classificariam, não vai acontecer. Os times africanos estão piores do que eu pensava.
A África do Sul está praticamente desclassificada. Argélia, Gana, Nigéria, Costa do Marfim e Camarões correm muitos riscos de não passarem para a segunda fase. Vai ser triste se nenhuma seleção africana se classificar.
Nas oitavas de final da Copa de 1994, a Nigéria vencia por 2 a 0 e dava um show nos italianos. Aí, começaram a brincar. A Itália reagiu e ganhou o jogo. Dois anos depois, na Olimpíada, a Nigéria ganhou do Brasil e da Argentina e conquistou a medalha de ouro.
Na época, imaginei que, de dez a 15 anos, uma seleção africana teria grandes chances de ganhar a Copa. Não foi isso que aconteceu.
O lugar-comum de que os jogadores africanos são habilidosos e criativos, porém indisciplinados taticamente, não existe há muito tempo. Pelo contrário. Hoje, as seleções africanas são disciplinadas, fortes, bastante defensivas, entretanto pouco talentosas.
Um dos motivos dessa transformação foi a importação de dezenas de treinadores europeus. As seleções africanas parecem times europeus da segunda divisão.
Os africanos perderam a fantasia e não evoluíram na parte técnica. Não sabem finalizar. No momento do chute, estão sempre com o corpo desequilibrado. Chutam e caem. Parecem com alguns jogadores que atuam no Brasil, como Dagoberto.
No instante da finalização, os grandes atacantes estão sempre a uma distância correta da bola, com o corpo ereto e com a perna de apoio no chão e ao lado da bola. Chutam, não caem e acertam o gol.

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