quinta-feira, 17 de junho de 2010

O BRASIL DA EUROPA

PAULO VINICIUS COELHO - Prancheta do PVC
OS DOIS TIMES de mais posse de bola na primeira rodada da Copa do Mundo foram Brasil e Espanha. A seleção de Dunga controlou 63% do jogo. A Espanha teve 68% de bola no pé no primeiro tempo contra a Suíça.
A informação desmente a tese de que quem joga como o Brasil de sempre é a Espanha de hoje. Se os espanhóis jogam com bola no pé, o Brasil também joga.
Mas a primeira rodada continua dando a ideia de que a Espanha é o Brasil da Europa. Pelo menos foi, das seleções europeias, a que teve mais dificuldade para transformar posse de bola em oportunidades de gol. Como o Brasil, a Fúria sofre com a falta de penetração.
Toca, toca.... e nada! Até Iniesta, aos 23min, oferecer um passe perfeito para Piqué. Um lançamento ao estilo do que Elano fez para Maicon, há dois dias.
Faltou à Espanha de ontem a sabedoria para encontrar espaço na defesa rival que sobrava na Eurocopa. Sobrava?
Nas quartas da Euro, há dois anos, um suado 0 a 0 com a Itália. Placar perdoado pelo trauma das eliminações históricas contra os italianos. Mas a Fúria só bateu a Suécia com gol de David Villa, aos 47min do segundo tempo, e a Grécia por 2 a 1 com gol de Guiza, aos 43min da etapa final.
Significa que em 2008 teve dificuldade para transformar posse de bola em gol. Lá, jogava com Fernando Torres e David Villa, até o atacante do Valencia se machucar, na semifinal, e dar a vaga a Fàbregas.
Mas foi com os dois atacantes que sofreu para marcar o segundo gol contra suecos e gregos e passou em branco contra os italianos.
A Espanha sofre como o Brasil contra retrancas. A Espanha, como o Brasil, vai melhorar na Copa. Isso pode acontecer num possível encontro nas oitavas. Nesse caso, só vai sobrar um.
BIELSA NÃO É LOUCO
Montou o time chileno num 4-3-3, com Alexis Sánchez pela direita, dono do jogo. Valdivia como centroavante, mas movimentando-se e confundindo a defesa.
VUVUZELA MUDAS
O técnico Oscar Tabarez corrigiu o problema do Uruguai ao recuar Fórlan, que mandou na partida contra a África do Sul. Conseguiu o que a Fifa não teve coragem: calou as vuvuzelas.

Nenhum comentário: