Um Brasil longe de encantar, mas bem perto de não levar sustos. O que levou será atribuído a quê?
SE NO PRIMEIRO tempo a seleção exagerou em ser ineficaz, atrapalhada pelo que se sabia que aconteceria, isto é, a Coreia do Norte não permitiria contra-ataques, no segundo tempo o time brasileiro não deixou dúvidas desde logo de que ganharia o jogo de um jeito ou de outro.
E quando Maicon, ao estilo de Josimar na Copa de 1986, no México, abriu o placar, até os contra- -ataques apareceram. E só não viraram gol porque Luis Fabiano, como Kaká, está evidentemente sem ritmo. Kaká, então, teve atuação lamentável, pois atrapalhou tão mais que ajudou que deu saudades do velho e bom Júlio Baptista.
De resto, Maicon esteve muito bem, melhor jogador em campo, e Robinho insinuou uma partida exemplar, o que acabou não acontecendo, embora ele tenha sido utilíssimo e tenha dado um passe perfeito para Elano fazer 2 a 0.
Dunga só não foi dormir plenamente feliz porque seu time levou um gol no fim que não estava em seus planos. E que é muito provável que vá atribuir, para ele mesmo, ao fato de ter tirado exatamente Felipe Melo, o mais contestado dos seus titulares.
Exigir mais de uma estreia será, no mínimo, pouco realista, ainda mais se comparada à de todos os outros papões, exceto os alemães. Se o que vale é ganhar, ganhou-se, quase sem sustos, como no modelo 1994. Se o que se quer é brilho, bem, aí é outra conversa, que, tomara, ainda durará até 11 de julho, quando, quem sabe, o time nacional estará na final da Copa. E que muito provavelmente será tão repetitiva quanto inútil, num time cujo melhor meio-campista tem sido Elano, outrora visto muito mais como operário.
Mas preocupante mesmo é o estado de Kaká, que, tomara, possa ir ganhando condição de jogo a cada partida. Mas nada autoriza tamanho otimismo. Assim como com Luis Fabiano...
OS RIVAIS
Nem Costa do Marfim nem Portugal mostraram um mínimo de vocação ofensiva no 0 a 0 modorrento que arrumaram. O que pode permitir imaginar que, com dois empates, a seleção brasileira chegará às oitavas de final. O que também é pouco, sabemos, mas é o objetivo inicial.
Ir adiante, devagar e sempre.
Até o hexacampeonato.
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