Pela primeira vez nesta copa ouviu-se o silêncio, que foi quase absoluto quando Forlan fez o segundo gol do Uruguai em Pretória, eliminando, na prática, a África do Sul do Mundial, depois ainda veio o 3 x 0, foi um alívio para os tímpanos, mas uma tristeza para a Copa, claro, uma seleção anfitriã cair logo na primeira fase é chato, ainda mais se o país anfitrião é tão alegre e musical, em que pesem as vuvuzelas, como tem mostrado ser a África do Sul.
Só que Uruguai é Uruguai. Especialista em silenciar estádios, que o digam os 2 milhões de brasileiros que estavam no Maracanã em 1950 — brincadeira clássica, se todos que disseram que estavam lá naquele dia realmente estiveram, o público seria dez vezes maior que o anunciado na época.
Gosto do Uruguai e das uruguaias, fazem uma boa carne, são civilizados e educados, é um país minúsculo, mas orgulhoso e brigado, na primeira metade do século passado, era a maior potência futebolística do planeta, ouro nos Jogos Olímpicos de 1924 e 1928 e bicampeões mundiais em 1930 e 1950, a primeira Copa foi lá.
Portanto, que se lamente a derrocada sul-africana, vá lá, dá pena, ainda mais depois de ver os caras entrando no estádio cantando, felizes da vida, mas, para o bem do futebol, é bem melhor ver o Uruguai avançar do que os vuvuzelentos do Parreira.
Ninguém mandou dispensarem o Joel Santana.
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