A natureza humana predominantemente é a que se satisfaz tal qual naqueles tempos idos. Acredito que muitos teriam mais chance se não fossem tão impelidos a esse comportamento. No fundo é um povo bom, mas lhe falta força no caráter para não se deixar levar pelo espetáculo oferecido. Ah, se ao menos conseguissem desligar suas tvs e perceber que logo ali ao lado existem dramas que fariam "inveja" ao que fosse considerado maior escritor GLOBAL desse estilo. Há "notícias" acontecendo na esquina de cada rua, mas que não são percebidas. É esse povo, que quase sempre não sabe o que acontece na sua rua, seu bairro ,sua cidade. Sessões de câmaras às moscas e preocupações com o senado porque deu no Jornal mais assistido. É o "show da vida", mas de quem e para quem?
Essa é a mídia que temos... Ela se regozija, toda vez em que um crime como esse é cometido, pois é da execração pública que ela vive... Longe de exaltar o direito à defesa de qualquer cidadão e de defender princípios fundamentais do tipo "o réu é inocente até prova em contrário", nossa mídia quer "ver sangue" e não hesita em atirar qualquer um na arena, bastando para isso que "pareça" culpado, seja "provavelmente" culpado ou que "aos olhos do público" seja o infrator. Entretranto, "parecer" ou ser "provavelmente" culpado, ou mesmo ser o infrator "aos olhos do público", nem sempre corresponde à situação real... Alguém lembra do caso da Escola Base, no bairro da Aclimação? Pessoas foram moralmente destruídas em função do "parece que"... E isso continua a acontecer, pois é na "arena" que a mídia se revigora; é dali que vem seu sustento; seu fôlego... "Panis et circus"! Isso continuará enquanto alguns forem MUITO mais ouvidos que outros; e quem se opõe a isso é tachado de defensor da censura, inimigo da livre-expressão, antidemocrático, autoritário, etc., por aqueles que defendem o sacrossanto poder da meia dúzia de famílias que detém a PROPRIEDADE PRIVADA dos meios de comunicação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário