A entrevista coletiva é a arena preferida dos jornalistas, É ali que eles "jantam" o entrevistado, foi o que tentaram fazer com o técnico da seleção brasileira no início da Copa, lembram-se? Mas não conseguiram. Aí exercitaram um pouco o espírito de corpo, depois o de porco e por fim desistiram.
Na coletiva desta segunda-feira estavam todos mansinhos, também, 3x0 retumbante... Mas nossos meninos não jogaram tudo o que uma seleção brasileira é capaz, convenceu? Sim, mas sabemos que Kaká e Luís Fabiano estão sem ritmo de jogo, que Robinho não está na sua melhor fase e que os grandes em campo foram Lúcio (mais uma vez), Juan e Júlio Cesar, os três defensores, e Gilberto Silva, nosso curinga no meio de campo. Ainda assim, temos atacantes tão brilhantes que mesmo em má fase são capazes de marcar. Mas não queria falar sobre o jogo e sim sobre a coletiva, muitos dos colegas se comportaram como se fossem as estrelas, se esqueceram de uma lição fundamental: a estrela é a notícia! Os figurões são tomados pela arrogância, empáfia, soberba... A consagração fez mal a eles. Estão mais preocupados com os hotéis de luxo, os jantares e as conversas com os cartolas. Há muito deixaram de fazer a lição de casa que é se dedicar ao ofício de apurar a informação. Aí tentam compensar com a experiência e muita, muita opinião. Eles iludem os colegas e o público por um tempo, depois vão perdendo relevância e, em pouco tempo, quem não se interessa mais por eles são os próprios patrões. Um bom exercício é reparar como os jornalistas sóbrios são os que mais acertam em coberturas assim. E quase sempre não precisam sequer ir às coletivas.
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