Hoje é dia de ver o primeiro jogo da festejada Holanda e da eficiente Itália na Copa do Mundo.
TOSTÃO.
A VUVUZELA tem charme, faz parte da tradição da África do Sul e nunca poderia ser proibida nos estádios da Copa do Mundo, como tentaram fazer. Porém é duro escutar o barulho estridente da corneta em lugares fechados.
Ontem, fui com Juca Kfouri ao Museu do Apartheid. Belíssimo. O ser humano, quando nasce, é uma tábua rasa, sem saber de nada e sem futuro, ou tudo já está escrito em seu DNA? Por que gosto de sorvete de coco? A vida extraordinária de Nelson Mandela já estava parcialmente programada ao nascer ou ele conquistou seu destino?
Esqueça! Vamos falar de futebol.
Não foi surpresa a Inglaterra empatar com os EUA. Na Copa das Confederações, Espanha e Brasil aprenderam como é difícil vencer os americanos.
Após a vitória contra a Nigéria, um repórter perguntou a Maradona o que se deve fazer para Messi não segurar tanto a bola. Maradona respondeu que tirar a bola de Messi é a mesma coisa que tirar sua maçã, que ele segurava na mão e comia, entre uma pergunta e outra.
Eu perguntaria o contrário: o que se deveria fazer para Messi ter mais a bola. Como gosto do belo futebol, sem tirar o pé da realidade, torci, presente no estádio, para lhe passarem mais a bola. Todas as boas jogadas da Argentina passaram por seus pés.
Na fácil vitória sobre a Austrália por 4 a 0, a Alemanha, mesmo sem um grande destaque individual, mostrou o melhor futebol coletivo até agora na Copa.
Hoje, ficarei surpreso se a Holanda não vencer a Dinamarca, mas não ficarei surpreso se a Itália não ganhar do Paraguai. Os que elogiam tanto a Holanda são os mesmos que não acreditam nela. Já os que criticam tanto a Itália são os mesmos que a apontam como forte candidata ao título.
A Itália, com a exceção de Buffon, não tem um grande jogador. Falta até um grande zagueiro, como sempre teve. Os italianos confiam na experiência de seu goleiro e na tradição de saber jogar uma Copa do Mundo.
A Holanda vai sentir a falta de Robben. A seleção holandesa joga com quatro defensores, dois volantes, um meia de ligação e uma linha de três no ataque, ou, se quiser, com três meias e um centroavante. Não faz diferença.
Mais uma vez, a Holanda chega festejada à Copa, mesmo sem nunca ter sido campeã. É a seleção que sempre foi, sem nunca ter sido.
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