Peguei o bonde meio andando da transmissão em tempo real do programa “Roda Viva” com Dilma Rousseff que vai ao ar logo mais, às 22 horas, na TV Cultura. Mas do que pude ver, Dilma mostrou diante de vários entrevistadores a mesma tranquilidade, segurança e firmeza que exibiu na entrevista para Kennedy Alencar, no “É notícia”.
Dilma tem os dados nas mãos e está preparada para enfrentar qualquer platéia. Não houve tentativa de saia justa que intimidasse a candidata e em todas as respostas ela se mostrou senhora da situação. O tal dossiê, naturalmente, voltou à tona, e Dilma, além de cobrar as provas dos que gostam de alardear a falsa questão, afirmou que estão tentando empurrar para o campo político da esquerda uma história que não é dele.
A resposta não poderia ser melhor, Dilma mostrou que o dossiê, que na verdade é o livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr, atinge os tucanos, que tentaram criar uma anti-história para abafá-lo. “Processamos os acusadores”, disse Dilma, referindo-se ao processo que o PT abriu contra Serra, e ainda deu um tapa com luva de pelica nos jornalistas: “Não processamos vocês pelo respeito à liberdade de imprensa.”
Dilma falou sobre educação, saúde, economia, reformas e estava tão à vontade que chegou a interromper uma resposta e sorrir ao ver na tela à sua frente um desenho que o cartunista Paulo Caruso fazia, no qual ela aparecia andando sobre a careca de Serra dizendo: “Eu sei muito bem onde piso - Ele não tem nem vice.”
Numa síntese do que seria a meta principal de seu governo, Dilma disse que seria retirar da pobreza quem ainda está lá, ao colocar uma questão social à frente de qualquer arranjo econômico, Dilma mostrou sensibilidade de estadista que não olha apenas os números mas as condições de vida da população.
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