Caiu de pé, perdeu lutando, time valente, todos os clichês do mundo valem para a valorosa Celeste Olímpica.
Não chore, Montevidéu. Ou, pelo menos, tente não chorar. Foi longe demais? Claro que não. Longe é aquele lugar que não existe, lembram? Ainda faltava um jogo, e depois sim seria longe, aquele lugar que não existe.
Foi até onde deu, até onde o outro time deixou. Lutando, sim, como sempre foi com essa pequena aldeia ao sul do Sul.
O Uruguai mostrou a ele mesmo que dá. Dá para voltar a ser grande, dá para sonhar com uma terceira estrela, dá para se orgulhar de um time de futebol. Vamos tomar uma Patricia, Montevidéu. Outras Copas virão, aí à margem do Rio da Prata o tempo anda diferente, não há pressa.
Não chore, Montevidéu.
Sorria, Amsterdã.
Sorria porque é a terceira chance desde o mundo te conheceu, lá em 1974. E foi justo contra o Uruguai, o primeiro jogo laranja naquela Copa. Eles vinham de todos os lados, não sabíamos quem marcar, disse Pedro Rocha.
Mas a laranja perdeu uma, e a seguinte na Argentina, e outras para o Brasil, e o laranja nunca passou de uma camisa bonita e um toque de bola idem.
Agora pode ser diferente. Oito jogos nas eliminatórias, oito vitórias. Seis jogos na Copa, seis vitórias. Uma divisão panzer, uma motoniveladora, passando por cima de todos. Sem muita beleza, mas o que é o belo, afinal?
A Holanda também é pequenina, empurra o mar pra lá pra caber gente cá. Anda de bicicleta e tem luzinhas vermelhas, e um fumacê estranho.
Holanda e Uruguai, pequeninos e gigantes.
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