Treinador fecha pela terceira vez em quatro dias o treino da seleção e impede que empresas que patrocinam a entidade apareçam.
A birra de Dunga com a imprensa chegou até a Fifa.
A clausura em que se transformou a concentração da seleção e o terceiro fechamento de treinos em quatro dias prejudicam os patrocinadores da entidade. Amanhã, contra a Coreia do Norte, o time estreia nesta Copa.
E não é só isso. A operação de comunicação da Fifa, que produz material jornalístico de todos os times do Mundial, também está sendo afetada pelas restrições de acesso à seleção brasileira. A HBF, empresa responsável pelas filmagens da Fifa, foi proibida de trabalhar nos treinos fechados do Brasil e teve vetado pelo treinador o pedido para entrevistas exclusivas com jogadores.
Nas práticas fechadas de outras seleções, a Fifa quase sempre é autorizada a filmar ao menos 105 minutos.
O material gravado, além de abastecer o site da entidade, é enviado para emissoras do mundo inteiro, especialmente a países pobres que não contam com correspondentes na África do Sul.
O bunker da concentração do Brasil também esconde os milionários patrocinadores da Fifa. O campo de treinamento da seleção tem agora só placas das marcas parceiras da federação mundial.
Sem imagens e fotos da mais popular seleção do planeta, elas perdem visibilidade.
Ontem, pelo segundo dia consecutivo, Dunga anunciou que o treino não seria aberto a jornalistas ou a qualquer tipo de imagem. Coincidentemente, a decisão saiu um dia após ter vindo a público uma discussão de treino entre Júlio Baptista e Daniel Alves. Desde que assumiu o comando da seleção, Dunga mantém relação conflituosa com a imprensa.
Com a boa performance à frente do Brasil, ganhou poder e tem tido carta branca para tomar decisões.
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