terça-feira, 24 de agosto de 2010

NENHUMA TOLERÂNCIA

Por Carlos Chagas
NENHUMA TOLERÂNCIA – MENSAGEM QUE RENDERIA VOTOS.
Nem justifica nem explica porque os principais candidatos à presidência da República evoluem com excessiva cautela a respeito da esfrangalhada segurança pública verificada no país. Dilma fala que a educação diminuirá o número de crimes. Serra promete criar um ministério específico para enfrentar a questão mas não diz o que fazer a curto prazo para tirar os criminosos da rua. Marina dá a impressão de que defendendo o meio ambiente defenderá o cidadão contra a violência e a insegurança.
Falta coragem não apenas para eles, mas para os candidatos a governador, deputado e senador em todo o país. Poderia surpreender-se o primeiro a aproveitar esse mês e dias que nos separam das eleições para bater firme na questão. Nada de dizer que bandido bom é bandido morto. A pena capital parece fora de questão. Mas bandido bom tem que ser bandido preso. No caso de crimes hediondos, preso pelo resto da vida. Sem regalias nem benefícios de espécie alguma. De preferência enjaulado como animal que é. Importa reparar o passado e preservar o futuro, não dele, mas de quantos vivem do lado de fora.
Ainda no fim de semana assistiu-se a outro espetáculo de animalidade explícita num dos bairros nobres do Rio. As imagens mostram montes de bandidos atirando a esmo e invadindo um hotel com sofisticado armamento, fazendo reféns e no fim entregando-se à polícia, por falta de condições para resistir. Basta assistir os telejornais e ler o noticiário policial dos diários para se ter a noção da gravidade da questão. Mais do que saúde, educação, transportes e habitação, a segurança pública constitui o maior problema nacional.
Crescerá o candidato a deputado ou senador que defender prisão perpétua, isolamento permanente, trabalhos forçados, presídios no meio da mata ou em ilhas isoladas para quantos assassinos, estupradores, seqüestradores, contrabandistas, narcotraficantes e sucedâneos tiverem sido capturados. Assim como se torna imprescindível o combate implacável aos que ainda se encontram soltos. “Nenhuma tolerância” - poderia significar um bom slogan de campanha

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