Por Carlos Chagas.
Engana-se quem supõe José Serra entregando os pontos. Como Ulysses Guimarães em 1989, o candidato ainda espera que os votos venham a jorrar em cascata. O velho patriarca da democracia aguardou até o fim a virada do jogo, parecendo-lhe inconcebível que o eleitorado desconhecesse seu papel na queda da ditadura. Abateu-se ao verificar que ficou atrás do Dr. Enéas, não encontrando explicação para a vitória de Fernando Collor.
Serra adota o mesmo raciocínio. Imagina que até o dia 3 mudanças profundas acontecerão. Joga seus cacifes na realização do segundo turno, quando tudo poderia ser diferente. O diabo é que não se anima a mudar o eixo da campanha, trocando as veementes críticas ao governo Lula e à adversária por propostas concretas e efetivas de realizações para o futuro.
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